quinta-feira, 12 de março de 2009

Sede

Ontem a noite vi tuas palavras jogadas no espaço. Ouvi e pensei cada uma. Dormi. Acordei desejoso que eles fossem pra mim.
Mesmo sendo palavras jogadas.
Mesmo estando soltas no espaço.
Mesmo que elas fossem suas e só suas. Eu as queria para mim.
Tirei-as do espaço e pus no papel. Ainda que fisicamente eles tivessem comigo ainda não eram minhas. Eu apenas as encarcerei num paraíso branco.
Eu não queria as palavras, mas sim, as palavras. Toda sensação de breve que elas falavam. Todo o não saber. Todo o saber. Todo o querer.
Estou pensando tuas palavras e por pouco não as escrevo.
Eu quero você e suas palavras.

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