sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem é Jonh Galt?

É, parece que você não sabe. Parece, é estranho dizer isso quando devia dizer é que você não sabe mesmo. Não menosprezando você, mas apenas me dando o ar da certeza que no fim das contas eu tenho que ter. Só que lá no fundo da alma ainda brilha aquelas luz verde sabe? "A esperança é a ultima que morre", não é assim que dizem. A minha não morre, ainda espero que alguém em algum lugar ainda possa resolver tudo, espero encontrar alguém com o poder mágico e divino de superar as expectativas que andam tão baixas por esses tempos. Sei que você não tem culpa. Ninguém tem não é? Isso é só outro modo de dizer que todos têm culpa sabia? Mas isso se repete cada vez mais, o senso de se livrar da culpa é maior do que a vontade de resolver o problema. É melhor procurar e apontar quem deve ser crucificado do que ajudar a carregar a cruz. Mas no fim das contas tudo bem, não posso exigir que você entenda, ou pense diferente, é assim que se pensa hoje em dia. É, parece que você não sabe mesmo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

COCA para os ricos
COLA para os pobres
e
ERVA para a classe média que quer garantido seu direito de também viajar em apenas quatro letras.

sábado, 5 de novembro de 2011

Diarista

É que no amor do dia a dia não cabe tanta verdade, tantos olhares sinceros, tantas vontades e desejos pessoais. Esse amor precisa do mel que envolve a mentira linda, do desvio dos olhos, da abdicação em favor do outro.


Não se vive o amor no amor do dia a dia, se abandona o amor a si e o amor ao amor. Só se ama a outra pessoa que pode, por sorte, vir a amar só você e então se cria um equilíbrio satisfatório. Caso contrario, para um dos dois, não há amor. Há o que ama o outro e o outro que só ama a si e/ou ama esta amando, esta sendo amado e fim.

Se se ama como o amor, se liberta, se completa, se amadurece e retorna a infância. Amor nem com amor se paga, o amor do dia a dia exige retorno, atenção, quer sua devida retribuição com risco de SPC ou causa na justiça.

O amor do dia a dia não é amor. Até é de direito, mas não de fato. É sem nuca ter sido. Amor é ser aceito e liberto, amor do dia a dia é ser preso e moldado ao gosto do amor de alguém.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Novidades

Amigos,


As novidades para o futuro se mostram ótimas. Dentro de algumas semanas “Cartas de um Desromance de Cartas” excede o nível virtual e passa a ser o livro “Cartas de um Romance de Cartas” publicado pela editora Scotecci. Isso mesmo amigos; um livro, mais que um sonho que se torna realidade algo que eterniza e reconhece o potencial deste espaço.

Em breve mais novidades desta nova fase.

Das emoções dos relógios

Se sei que você vem às quatro horas, viajo no relógio assim que desligo o telefone. Viajo nas molas e rodinhas que fazem cada vez mais esforço para que os ponteiros corram mais lento, penso as vezes que chegam até andar para trás. Vez por outra, meu mundo se limita a porta que, contra a minha vontade e a do resto do universo, se nega a cuspir você que já esta as costas dela. Burra porta! Burra porta como uma porta!


Então sua hora chega, mas só depois do teu cheiro e tua voz. Chegam as quatro só depois de todo eterno das 3:50, depois o das 3:55, 3:56, 3:57, 3:58 e a purgação das 3:59.

Só que as quatro, você não chega e de salto surge as 4:05 e 4:10, a alerta 4:15 e a angustiante 4:25. Mas, antes das 4:30 e sua depressão, você entra enchendo a sala de luz e o espírito de D’us paira livre sobre as águas.

sábado, 27 de agosto de 2011

A Anaïs Nin

Conheci Anaïs por acaso, me interessei um dia quando a vi de relance, assim meio perdido no mundo, procurando outras coisas, outras pessoas. Então a vi de novo, e de novo e vi que ela estava em vários lugares que eu sempre ia.


Meio tímido me aproximei e mal a conheci quis devora-la em minutos. Tomou meus dias, meus pensamentos. Vagueei pensamentos em ónibus, banheiros, filas. Queria saber mais, sempre mais, te-la sempre perto.

Seu pensamento me fascinava, sua historia me comovia. Anaïs se tornava a cada dia mais presente em mim. No que eu falava,pensava e escrevia agora tinha sempre algo que me fazia pensar: Anaïs também faria assim.

Com tempo fui descobrindo mais coisas em comum. Descobri que Caio também a admirava, citava e se inspirava. E outros e mais outros. Anaïs era tudo aquilo que eu pensava, porque era tudo aquilo para outras pessoas também.

Então descobri mais sobre Anaïs, me tornei intimo. Agora sabia seus gostos. Conheci seu sexo, seus desejos. Anaïs a cada dia se tornava mais de carne e osso para mim. De uma ideia Anaïs se fez uma verdade, uma presença.

Hoje Anaïs me reflete. Se estou calmo, estou calmo como Anaïs, se penso ou se falo comparo com as ideias dela. Quero amar com sua intensidade. Escrever com sua sinceridade e emoção. Anaïs é um desejo, uma meta, um modelo. Anaïs paz e paixão. Anaïs é o amor na sua forma mais livre e pura.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dos eus e de mim

Foi a primeira que vi meu nome escrito que não fosse para mim, ou que não fosse alguma forma oficial e impessoal de escrever sobre alguém. Era lá meu nome escrito numa historia que não era minha e não era sobre mim. Passei então a ter certa simpatia por ele. Nunca tive sabe, aprendi a conviver com isso sem dar atenção mais nunca dispondo do meu bem estar para com ele.

Achava bonito a escrita, tentava capricha-la na minha letra, e as vezes ate conseguia, mas a fonética era o que o distruia sobre meus gostos. Aquele "e" solto demais no final e aquele monte de consoantes todas juntas no meio que faziam a garganta se fechar toda para por o som para fora me incomodavam. Era inarmónico. Existe isso inarmónico? Deve existir, se não, era o contrario de harmónico. Era desprovido de musicalidade.

Mas eu aprendi o bem viver junto a ele. A ponto de desprezar os apelidos e diminutivos. A ponto de caprichar nas assinaturas. E a ponto de, ao ter meu nome perguntado, eu responder: Eu sou André. Eu não me chamo, nem sou chamado. Eu sou sabe? Como se meu nome fosse uma parte de mim e não algo que carrego por obrigação. Como se fosse parte da minha personalidade, do meu corpo e da minha alma.

Então naquele momento onde meu nome não representava nada disso, nem de outras coisas, ele me pareceu simpático. Eu o olhei, reli e sorri. Aquela escrita era algo de dentro de mim mesmo não se referindo a mim e aquele som, tão aquele som era o meu som. E era diferente, mas não deixava de ter sua mais profunda beleza.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Fatos

Novamente estamos na via de mão unica que é meu relacionamento com você. Aquele velho tome o file mas por favor não me tire meu osso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ouvidos

... Você amou um alguém porque queria o seu sentimento de revolta. Depois amou outro do qual queria a estabilidade, a maturidade. E a mim? Você me olha e diz que comigo é diferente, mas assim o é porque? Você me ama porque me ama ou ama porque admira e quer algo de mim? Algo em mim? Ama a mim como um todo ou certas partes que deseja para si? Você me ama ou me inveja? Me quer ou quer o que eu tenho? Me quer ou quer ser eu, quer o que eu sou?

domingo, 26 de junho de 2011

- Tá escutando? - Tô!

Ele fechou a porta e antes mesmo de ouvir o click que confirmava o fechar da porta deu-se as lágrimas. Chorou aos soluções. Deixou mesmo que as lágrimas corressem. Mais por necessidade de chorar do que de tristeza. Tristeza quase nem existia na verdade, eram lágrimas de tudo. De tudo que ele precisava chorar e não chorou durante todo aquele tempo. Eram lágrimas de decepção, angustia, dó, pesar, alegria desespero, amor, derrota, vitória e uma certa quantidade de tristeza também. Não eram lágrimas de tristeza, mas lágrimas que continham tristeza. Com as lágrimas também se foram o peso nos ombros, o vazio da alma e a dor do peito. Foram da mesma forma que as lágrimas, escorrendo. Sentiram que estavam a muito tempo ali e resolveram ir, achando que era uma boa hora e bem possível fosse. Talvez não tivessem uma nova oportunidade.


Então ele sentou. Não enxugou as lágrimas. Deixou que elas escorressem até onde pudessem e depois que secassem no rosto. O sangue fica na navalha, aprendeu um dia num passado distante, então as lágrimas devem ficar no rosto.

Olhou para frente e viu que mesmo que quisesse não conseguiria mais olhar para trás. Se projetou no horizonte, viu suas próximas horas, seus próximos dias e anos. Sentiu vontade e somente quando ela se fez notar deu o primeiro passo. A estrada para o amanhã é longa mas não precisa ser árdua. Seguiu em frente e se foi na direção da luz.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lombra

Eu paradão na minha viagem e ela não parava de falar. Falava, falava, falava...
Eu olhava pra ela, as vezes olhava pros lados e por outras atraves dela.
Até que ela parou de falar, me olhou e disse:

- Voce não acha?

E eu sabia lá o que achar.
Olhei de volta pra ela com a cara de quem resolve os enigmas do universo e disse:

- Só lembrei de Tony Tornado!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Suburbio

Imagino que em mil novecentos bolinha, morar por ali fosse bem mais difícil. Beeeem mais difícil mesmo com todos os "e's" que a intonação precisa a sua ênfase. Não digo nem pela distancia ou acessibilidade, mas pelo visual mesmo. Uma dezena de quarteirões todos formados por duas fileiras de casas iguais, só variando a cor que se repetiam a cada três casas. Isso devia ser horrível. O pesadelo de todo arquiteto, design, ou quem intender disso a ponto de ser um pesadelo.

Com um tempo as coisas foram mudando. Mudavam os portões, os muros (cada vez mais para cima), as fachadas, os janelões. Com tempo veio a moda de se matar um dos corredores para se aumentar a cozinha e o terraço ou a sala e os quartos. Depois tirar as entradas nos quartos que só serviam para se fazer guarda-roupa embutido.

Minha família optou por aumentar o terraço apenas e assim ganhamos um cómodo para quinquilharias no espaço entre a cozinha e o muro (antes o corredor). Depois foi feita a mudança nos quartos, depois outras tantos para poder vir a aumento da cozinha. Não sei porque a ordem. Necessidade, vontade, ou dinheiro mesmo.

Depois as mudanças perderam seus padrões e as casas por consequencia também perderam. Tudo ficou completamente diferente, colorido, de tamanhos e formas variadas (parece que to fazendo propaganda de vibrador) e nem era mais tão difícil ou longe morar lá.

Inocência

Tenho uma amiga (conhecida na verdade) que morro de vontade de dizer para que ela não sorria durante as fotos. Sabe como é isso? Já deu algo parecido em você? Não para ofender ou diminuir. Na verdade só não digo porque tenho medo de ofender. Mas para o bem da propria pessoa.


Ela é até uma menina bonita, já ficamos em outros tempos bem passados, mas já nessa época eu tinha vontade de dizer - Quando for tirar foto num ri não. Pensei em algum tipo de conselho, desvio de assunto, elogiar outros sentidos - Você devia sempre fazer cara de quem tá pensando sabe? Você fica linda assim, ou - Sair rindo ta fora de moda..., ou mesmo qualquer coisa que não fosse dizer que o riso dela é horrível nas fotos.

Acredito que a grande maioria das pessoas já tenha passado por algo parecido de um dos lados da moeda. Eu dou graças por ter amigos sinceros ao pontos de dar suas opiniões aparentemente negativas sobre roupas, cortes de cabelo e demais coisas que levam a essa situação, mas não sei como funciona para ou outros. Então le it be.

Por fim, tomara que ela não leia, se lê que não se identifique e se se identificar que não se ofenda. Se ofender que foda-se mesmo... com aquela cara tronxa nas fotos...

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Lilith sem esquecer de Eva

Nem todas as mulheres gostam de apanhar, só as normais. Porra, mas por acaso você conhece alguma mulher "normal"? A mulher normal de Nelson Rodrigues era aquela mulher que levava a paulada na cabeça e era arrastada pelos cabelos na idade da pedra. Era da mulher que Ataulpho Alves chamou de Amélia, que falava o anjo pornográfico em suas linhas.

Mas essa mulher "normal" (que já era espécie em extinção quando Nelson escreveu sua máxima) são ainda mais escassas nos dias de hoje. Hoje a mulher fugiu dessa normalidade. Quer ser conquistada, mimada e amada. Quer, deseja e lutar por uma vida cada vez melhor. Se mata pela vaidade nas academias, clínicas de estéticas.

Não deixou de sofrer, mas prefere sofrer nos regimes começados nas segundas (e terminados antes das terças) a passar fome e sorrir. Não se incomoda de ter os músculos doendo, mas que seja pelos pesos e posições nos exercícios por aquela barriguinha reta e bumbum durinho.

A mulher "normal" não existe porque nós homens relutamos, mas vimos que a mulher anormal de hoje é melhor. Porque ela nos deixaram sentir que elas também sentem (e gostam) de prazer, tesão e que é melhor quando os dois sentem aquilo tudo. Vimos assim que tudo isso + amor fica ainda melhor.

A mulher "normal" dona de casa, santa, casta e frígida esperando na cozinha, na sala e na cama perdeu para a companheira, dama na rua e puta na cama, que diz que quer e quando quer.

A mulher "normal" queimou soutien, fez passeata, greve, pois a cara no mundo e ganhou espaço, leis e mais direitos e menos deveres. Foi reconhecida, mostrou que sabe, que pensa, que manda, que vota, que administra e que ainda sente, ama, menstrua, chora e dá luz, sem esquecer o batom e de combinar as peças da roupa.

A mulher "anormal" conquistou o mundo e no mundo da mulher não cabe a violência dos homens. Nesse mundo de céu rosa-choque, todas as mulheres gostam de amor, carinho, atenção, tesão e flores de vez em quando. Nesse mundo nem todas as mulheres gostam de apanhar, só as normais. Mas porra, você habitante deste mundo, conhece por ele alguma mulher "normal"?

terça-feira, 15 de março de 2011

Na casa dos espelhos

Espelhos são as coisas mais sinceras que você pode encontrar. Ao menos na sua maioria. Assim como as pessoas tem aqueles bajuladores, aqueles que só querem te botar pra baixo, os do contra, mas no geral, espelhos são muito sinceros.


Quando podia, dispendia horas do meu dia frente ao espelho. Ainda tento aproveitar uns minutos ainda hoje. E olhando para espelhos tive grandes lições, fiz descobertas, respondi paradoxos, me conheci, entendi outras pessoas. Tuda graças ao tão sabio espelho.

Ouvi de certos espelhos coisas que nem eu mesmo ousava me dizer. Encontrei nele a solução de grandes misterios da pisquê humana. Foi olhando para um espelho que montei estrategias para fugir do desespero. Planejei meios de espantar a solidão. Foi um espelho que me convenceu a abrir meu coração e meu deu coragem para mostrar meu sentimentos.

Qual magica pois é essa criatura. Tão forte e tão sigila. Tão poderosa e tão humilde. O que seria de mim e dos demais Narcisos da era atomica se fossem os espelhos que nos mostram nossas faces, nossos olhos e nossas almas.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

FDS

E eu acordei. Plena segunda-feira.


Pior do que acordar de um sonho, acordar de um bom sonho é acordar de um bom sonho plena segunda-feira. Todo aquele banho frio de realidade nas costas tende ao insuportável. É preciso ser muito pra suportar. Muito mesmo. Muito calmo, muito feliz. Muito sereno. Muito macho. Mesmo que você seja mulher é necessário ser muito macho para acordar de um bom sonho plena segunda-feira.

Assim eu acordei plena segunda-feira. Como quem acorda de um bom sonho. Mas nem mesmo tinha sido sonho. Meu corpo me dizia: não foi sonho. Me sussurrava isso na vontade de permanecer na cama e quando eu não quis ouvi-lo me gritou nos cheiros pela minha pele e na sensibilidade do meu pau.

Não foi um sonho, foi um fim de semana. Eu me dizia. Meu corpo me dizia. Me dizia dos toques nos cheiros da pele. Me dizia da paixão na senilidade de um pau tão requisitado. Me dizia da necessidade de mais de nos mesmos, da vontade de não acabar na vontade de permanecer na cama.

Então acordei, plena segunda-feira, como quem acorda de um sonho bom, mas que não foi sonho.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Das doenças contemporaneas

O medico foi catedrático quando lhe deu seu diagnostico.


- Seu problema amigo - interrompeu, detestava ser chamado de amigo - desculpe, seu problema não passa de falta de leitura.

Alem do insulto de ser chamado de amigo ficou boquiaberto de surpresa com noticia de sua terrível enfermidade.

- Mas falta de leitura doutor? Acaso isso realmente pode fazer mal assim? Isso lá é doença?

O medico olhou-o por detrás dos óculos como se quisesse enxergar por trás de seus olhos dizendo profeticamente.

- Mas claro! Você tem a necessidade de viver pois não sentiu. Falta de leitura - persistiu o medico entre o abanar da própria cabeça redonda, careca e ridiculamente pequena - falta de leitura - concluiu num suspiro.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Seção do Descarrego

- Ela me olhou nos olhos e disse: André, você é uma pééééssima influencia. Enfatizou bastante no é, sabe?
- E você?
- Só consegui pensar nas palavrinhas magicas quando fui responder...
- Muito obrigado?
- Nãããão! Foda-se mesmo.