quarta-feira, 29 de abril de 2009

Novidades

Pessoal estou de blog novo! Algo mais tematico dessa vez, o que não deixa de ser interessante em certos momentos...
Juntei passagens de um passado distante e as experiencias do presente e criei o

"Cartas de um desromance de cartas"


que pode ser acessado via: http://desromancedecartas.blogspot.com/

"Cartas de um desromance de cartas" traz cartas de alguem que se denomina Rei de Espadas para um amor do passado que ele cita como Rainha de Copas. Nessas cartas o Rei tenta explicar o que sentiu e o que sente agora a respeito de sua Rainha. Nem sempre ele consegue claro.
Que fique bem claro que esses textos sao ainda mais fictivos que estes que voces encontram no "Phrases Despheitas". E por falar nele, o "Phrases Despheitas" continua e farei o possivel e o impossivel para que fique melhor a cada dia.

Sem mais no momento.

Abraços a quem me lê.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Tagarelão

Cheguei com a chuva, assim como se fosse um relâmpago. Não pelo brilho, nem pela força, muito menos a velocidade, só porque cheguei com a chuva. A mala nas costas, as obrigações à frente e o coração deixado para traz. Volto a ser mais uma engrenagem da maquina. Olho ao redor e enquanto chego as outras engrenagens já estão se dirigindo as suas posições na maquina. Olho para trás e me da vontade de voltar, na verdade eu sinto vontade é de não ter voltado. Deixar as certezas frias pelas duvidas calorosas. Novamente olho para frente e para traz. Tento escutar meu coração. O que ouço só me da mais certeza de que é melhor entrega-lo a quem não sabe o que fazer com ele a entregá-lo a quem não sabe o que ele é.

Abro os olhos e decido que cheguei e pronto. Então a vontade de ir novamente para la se reaquece. Volto a contar os dias. Torço para que aquele relógio já tenha sido consertado, ou que nunca tivesse quebrado. A verdade é que cheguei mesmo. Cheio de duvidas e desejos. Chego apenas com a certeza da rainha vermelha: “É necessário correr e mais correr, com o maximo da velocidade, somente para permanecer no mesmo lugar. Se você quiser chegar a algum outro ponto, deverá correr pelo menos com o dobro da velocidade.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fiado só amanhã

Acordo com os olhos marejados, baixos. Penso ainda estar sonhando, pois vejo tudo numa escala de cinza, sem branco nem preto. Nada tem movimento, nem as folhas balançam ao vento. As pessoas, os carros, os pássaros se movem parados, como o passar de fotos num álbum. Olho minhas mãos e vejo sua cor amarelada. Fecho e abro os dedos e vejo o movimento. Sou eu, ou mundo que está estranho?
Lembro das cores dela. Olhos, cabelos, os sinais da pele, os lábios. Na minha cabeça faz tanto tempo que nos vimos, parecem meses, anos. Talvez seja. Mesmo assim lembro das cores e de cada lugar que as cores estavam.
Fecho os olhos e as lembranças ficam mais fortes. Uma musica significativa passa a tocar no meu ouvido. Não foi magia, mas sim o radia no meu bolso. Lembro de não me incomodar de ser menino e querer ser um homem, às vezes ate conseguir. Lembro de olhares que falaram mais que quaisquer palavras. Risos. Sorrisos. Abraços. Passos.
Abro os olhos na esperança da cor da lembrança ter infectado o resto do mundo, mas tudo continua cinza. Atravesso a rua vendo os carros mudando de posição sem os pneus rodarem. Fica o desejo de um novo dia talvez o sonho traga as cores que desejo e amanha os pássaros batam as asas para voar...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabour

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mantra

Ouvi de mais alguém a máxima que diz: "Não sou feliz, tenho momentos felizes.". Adoro máximas, ditados e pensamentos, mas desprezo esse de forma incondicional. Eu sou é feliz e tenho momentos de tristeza. O que acontece é que tristeza é memória curta, intensa agora e breve na posteridade. Já a felicidade é memória fixa e fica marcada com mais intensidade no por vir.
Sou feliz por que amei, por que sorri, por que me ergui. Por que fui beijado, por que fui aceito, por que venci. Por que fui amado.
Mas estive triste quando odiei, quando chorei, quando cai. Quando fui estapeado, quando fui negado, quando perdi. Quando fui rejeitado.
Veja que a felicidade esta na razão dos porquês enquanto a tristeza esta no momento dos quandos.
Hoje nos vemos tristes, mas nos lembramos felizes ontem. Amanha também vai ser assim.
Por isso sou intenso, porra-louca mesmo. Estampo o brilho do sol no sorriso e choro com a chuva (na verdade deixo ela chorar por mim). Eu quero mais é o mais. Quero rimar minhas musicas e cantar meus poemas. Pintas minhas fotos, clicar minhas esculturas e esculpir meus quadros.
Sempre para frente, buscando os brilhos nos olhos alheios, o calor dos abraços e a satisfação das risadas.
Eu quero tudo, o que mais poderia querer?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Eventual

Relendo com calma alguns comentarios de textos antigos postados aqui, percebi o quanto as pessoas enchergam veracidade nas minhas palavras. Alguns me enviam frases de apoio (o que é muito bom), outros se identificam (o que é otimo) e sempre imaginam que esteja vivendo aquelas palavras.
Pois bem...
Nem tudo que se tem escrito aqui sou eu hoje. Muita coisa são eus do passado e outras são eus que nunca existiram. Utilizando desse senso de multiplicar eus, tomo as palavras do porta que melhor fez isso:
"O poeta é um fingidor
Fingi tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"
Sei que estou meio distante de ser um "poeta", mas tambem sou alguem que sente pelas palavras e descubri que as pessoas sentem pelas minhas.
Sendo assim, meus amigos, quando se verem tocados pelas minhas palavras saibam que nem sempre sou o eu-lirico da trama, mas serei sempre eu tocando de voces. Se não puder ser com abraços, que seja com sentimentos.