Cheguei com a chuva, assim como se fosse um relâmpago. Não pelo brilho, nem pela força, muito menos a velocidade, só porque cheguei com a chuva. A mala nas costas, as obrigações à frente e o coração deixado para traz. Volto a ser mais uma engrenagem da maquina. Olho ao redor e enquanto chego as outras engrenagens já estão se dirigindo as suas posições na maquina. Olho para trás e me da vontade de voltar, na verdade eu sinto vontade é de não ter voltado. Deixar as certezas frias pelas duvidas calorosas. Novamente olho para frente e para traz. Tento escutar meu coração. O que ouço só me da mais certeza de que é melhor entrega-lo a quem não sabe o que fazer com ele a entregá-lo a quem não sabe o que ele é.
Abro os olhos e decido que cheguei e pronto. Então a vontade de ir novamente para la se reaquece. Volto a contar os dias. Torço para que aquele relógio já tenha sido consertado, ou que nunca tivesse quebrado. A verdade é que cheguei mesmo. Cheio de duvidas e desejos. Chego apenas com a certeza da rainha vermelha: “É necessário correr e mais correr, com o maximo da velocidade, somente para permanecer no mesmo lugar. Se você quiser chegar a algum outro ponto, deverá correr pelo menos com o dobro da velocidade.”
Um comentário:
monotonia, chatisses. o texto é bem raso e natural. abraço!
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