segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Duvidas de uma sonata

Algum poeta. Em algum lugar. Em algum momento. Falou de como o raiar do sol lhe trazia alegria ao coração. Dizia como aquela bola de fogo espantava seus fantasmas, suas tristezas, seus medos, sua escuridão... Mas não é assim. Cada vez que abro os olhos aquela luz dourada queima minhas retinas, me enche das tristezas de um novo dia e renova os meus medos.

Algum poeta. Em algum lugar. Em algum momento. Falou de como à noite, sob as cobertas, bem acomodado em seu leito, ele se sentia seguro. Dizia como aqueles lençóis cheirosos e aquela cama macia, apoiados pela penumbra o faziam se sentir num aconchegante fim de inverno. Onde pensar em como se venceu os obstáculos e sonhar como seria boa a nova primavera o faziam dormir com um sorriso nos lábios... Mas não é assim. A noite, em meu quarto apertado, lembro de rodos os meus erros, as quedas, as pedras em meu cainho que eu deveria ter quebrado, porem toda me inutilidade me fez apenas dar a volta. Tudo isso me faz demorar horas para dormir, sempre com uma lagrima nos olhos e a odeia de que o inverno não mais terá fim.

Não sei se eu ou os poetas mente. Não sei se Sancho, em sua verdade, ou se Dom Quixote, em sua utopia vive melhor. Também não sei se o calor animador, ou se frio acolhedor é melhor para mim.

Quando triste, me apoio no colo do meu travesseiro, me acalanto e uma lagrima me faz companhia.

2 comentários:

André Bezerra disse...

Mais um texto retirado do bau...

Luciana disse...

Mais um bonito e vivo... Sentiu alguma mudança deste ontem para o hoje?

Keep writing...