quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Caixa de Pandora

Não sei se tirei ou se pus mais uma mascara no meu rosto.
Tento encontrar as palavras do meu momento e acabo por me achar vago ou cheio demais para fazer essa definição. Releio minhas lembranças e elas me dizem pouca coisa, me olho no espelho e só vejo os mesmos olhos tristes e apagados de sempre. Olho para a tela do meu computador e ele me diz: "Para obter ajuda, pressione F1". Será que meus paradoxos podem ser resolvidos no pressionar de uma tecla? Eu aperto F1 e minha solidão evanesce, mais uma tecla e minha carência se esvai, acho que antes do F10 já teria um sorriso no rosto.
Apesar de ser bem pratico para muitas coisas, nunca fui muito objetivo em relações aos meus sentimentos. Toda vez que teimo em abrir o baú do meu coração, cedo ou tarde sai mais um monstro de dentro dele. No entanto, minha curiosidade, no seu modo Pandora de ser, teima a abri-lo novamente. Espero sentando o momento que não haja nenhuma mazela a ser expelida de lá e que quando aquela maldita caixinha se abrir de novo, tenha no seu fundo apenas a fadinha verde da esperança a me observar com seus olhos de quem fez uma arte. Que ela me diga com sua voz melosa: "Sempre virá algo bom! Sempre!".
Esperança não machuca...

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