terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Da futura despedida das Ninfas e Sátiros

Ele se viu novamente olhando nos olhos dela. Aquilo lhe dava um conforto diferente de tudo que ele já havia experimentado. Já passará a ser comum, ele olhar os olhos dela e ficar estatelado por alguns minutos, preso a essa ação aparentemente tão simples. Os olhos dela tinham um brilho especial que tinham o poder de levá-lo ao nirvana questão de segundos. A apreciação daquele olhar já beirava se tornar um vicio para ele.

Ele agora o fazia novamente. Olhando os olhos dela ele desenhou um sorriso no próprio rosto. Não se sabe se por timidez ou curiosidade ela perguntou o motivo do sorriso dele. Ele não soube responder. Era de sorrir tão pouco, mas ela conseguiu tirar dele todos os sorrisos que ele a muito teimava em esconder.

Ele acabou também ficando curioso sobre este poder que ela tinha sobre ele. Passou a dedicar sua atenção a esse pensamento. Reviveu toda a estória deles juntos. Tirou uma serie de conclusões. Desfez o sorriso, mas não deixou de olhar para ela.

- Queria que quando você for me deixar, faça de uma vez só. Não fique protelando, nem esperando um bom momento, nem me chame querendo conversar. Só faça e pronto. Como um golpe de misericórdia.

- Quando eu fizer? Porque você acha que vou fazer isso?

- Vai fazer eu sei.

Ela o abraçou, aquele aperto conseguiu segurar, alem de seus braços, as suas lagrimas. Ela fez uma serie de juras e planos onde os dois estariam juntos por muito tempo. Ele se satisfez, ao menos no momento.

Satisfez-se, mas não se conformou. Olhou seus dedos, uma espécie de tic que fazia sempre estava abalado emocionalmente. Fingiu que acreditou e desfez a tristeza do rosto.

Passou a partir daquele dia a agir de forma diferente, mais intensa. Se iria acabar assim tão rápido a única coisa que lhe cabia era aproveitar. Então que se fosse aproveitado ao maximo.

Nenhum comentário: