terça-feira, 10 de novembro de 2009

O que é um copo de paixão para um embriagado de amor?


O coração é um cofre, um baú e como tal gosta de estar cheio, busca por ser preenchido. Mesmo com seu fecho danificado, com a porta emperrada, não é esforço para um coração se abrir para um novo sentimento. A razão condena, a mente distancia, porem nenhum outro músculo é tão forte.

Por ser músculo o coração segue instintos, mas é suficiente sábio, sábio o bastante para saber que dor de amor não se cura com ódio, rancor ou medo, mas sim com prazer de amor. A sabedoria do coração nos diz que não se perde o amor, se perde um amante, e que na próxima troca de olhares brilhantes, nas próximas risadas, nas duplas de cantores de “na-na-ná”, vamos pensar que ele esta sendo preenchido novamente, mas que nada, isso é prova de que ele já se preencheu.

Amor é como gás, a menor quantidade que seja ocupa todo o espaço que o concederem. Ele vai se expandindo, esticando, mas se recusa a contrair para dar entrada a outros gases iguais a ele. Porem existem gases diferentes, existem amores diferentes, que se unirão para formar um novo gás ou não se misturarão devido a densidades distintas, todavia convivem em plena harmonia.

O coração bate para deixar o amor em movimento e o corpo usa isso em beneficio próprio no transporte do sangue. É como a manivela da panela de pipoca, tem que se fazer todo o milho estourar e temos, para isso, que trazer alguns grãos para perto do calor.

Amor nunca é mais amor, nem menos amor; é amor e ponto. Ou é, ou não é. O brilho pode até entrar mais fundo nos olhos, porem sempre enquanto houver amor ele estará lá.

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