domingo, 6 de setembro de 2009

Sagesse

Eu não sei escrever poesia.

Não sei se uso s ou z.

Não sei aonde vão os tils, circunflexos e agudos.

Não sei se é pro, para ou oxítona.

Quantas silabas poesia tem?

Eu não sei escrever poesia.

Sei é abrir meu peito ao papel.

Sei mancha-lo com minhas lagrimas.

Sei desenhar meus sorrisos.

Se me debruço no papel, poesia não escrevo por que não sei.

No entanto, faço do papel branco um espelho

para um coração que bate

uma lagrima que rola

ou um sorriso que brilha.

E faço tudo isso sem ao menos saber escrever poesia.

3 comentários:

Gisa Leão disse...

ainda bem que existem os Poemas.

Luana Andrade disse...

e me comove... Faz com eu sinta a umidade das lágrimas, aprecie os sorrisos sorrindo também. Ouça este pulsar incessante de um coração expressivo. Beijos. Belo texto.

Tobias Farias disse...

"ainda bem que existem os Poemas"
he he he ... moça esperta.

Mas, estive pensando isso à alguns minutos atrás quando recebi umas notícias de uma grande possibilidade.

Não sei metonímias, hiperboles, cantiga, verso, ou prosa, não sei quantas linhas, quantos ditongos, hiatos, contrações ou aglutinações...

sei apenas que a cada tecla tocada, conduz um bocado de sensações, e isso não se aprende, não se ensina, apenas faz sentir.

Muito bom!!