Era o cigarro nos seus lábios.
Era o chiclete em sua boca.
Era eu nos seus lábios, na sua boca, nos seus seios, no seu ventre...
Teve as sensações da fumaça cinza.
Teve o doce do mel.
Teve os prazeres do toque das peles.
E os tratou como um
Queimou o cigarro e ao chão foi a brasa vermelha.
Sugou o doce do chiclete e ao chão foi a borracha insípida.
Teve seu luxo no meu corpo, mas ao chão ficou apenas o vestígio do pudor ao toque das intimidades.
Ficaram as vontades de futuro.
Ficaram as satisfações de se encontrar um par.
Já eu, com minhas asas feridas e cansadas,
me mantive no ar.
Nem se quer toquei o chão.
Voei numa brisa quente de esperança...
3 comentários:
Nesses momentos parece que a gente fica em suspensão...
O ar pesado e a falta de respostas para o que aconteceu martelando em algum lugar consciente!
=/
Belo texto, com detalhes de resistência e entrega aos sentimentos. Intenso, marcante.
Beijos.
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