quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Feminino

Nunca exigi seu tempo, dei minhas horas.

Jamais pedi seus carinhos, dei meus afagos.

Nunca te obriguei a fidelidade, dei minha lealdade.

Jamais te citei como minha, defini o meu corpo como seu.

Não te prendi, não te ceguei, não te sufoquei, não te segui.

Mostrei meu caminho e desejei que ele, pouco a pouco, acompanhasse o seu.

Linhas paralelas se encontram no infinito. Nunca se batem. Permanecem lado a lado.

Não exijo tua compreensão, dou minha amizade.

Não peço tua calma, dou meu sorriso.

Não te obrigo a razão, dou minhas utopias.

Te peço apenas que eu seja uma breve lembrança, sempre antes de seus dedos terminarem de gritar seu nome.

Um comentário:

Jacqueline disse...

Tudo isso é muito profundo,e parece muito com situações que vivi no meu passado.Não tão passado, digamos que um passado presente.Mais ficou muito belo.