sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dos fingimentos entre Ninfas e Sátiros

Ele vinha caminhando displicente, apenas queria terminar o seu dia. Acreditava que até o dia queria terminar a tanto. Venho fazendo seu caminho habitual em direção ao seu tão desejado descanso, quando precisou parar para atravessar a rua. Lembrou-se da velha lição de parar e olhar para os dois lados e assim fez. Mesmo se tratando de uma rua de sentido único, olhou para a esquerda (de onde não poderia vir nenhum carro), depois para a direita. Teria que esperar um momento mais seguro para sua travessia.
Nada fez senão aguardar passarem os carros que vinham da direta. Enquanto aguardava ouviu aquela voz que reconheceu de imediato. Quis ignorar. Ela persistiu. Olhou no sentido de confirmar, afinal seus ouvidos poderiam lhe mentir mais seus olhos não.
Com o corpo voltado para a rua e a cabeça para a direção do som procurou de onde a voz vinha. Sim, era ela. Vindo em sua direção. Com uma cara tão cansada quanto ele e o próprio dia, mas nenhum um pouco menos linda do que ele tinha na lembrança.
Cada passo dela parecia durar uma eternidade. Ele aproveitou esse tempo para pensar se queria e se devia falar com ela. Pensou por infinitos três passos.
Por fim, olhou de volta para a rua e viu que os carros tinham parado de passar. Então decidiu deixar de duvidas e foi...

Nenhum comentário: