Alice resolveu que deixaria o País das Maravilhas. Olhou ao seu redor e definiu que havia cansado de tudo aquilo. Nada fazia sentido diante de sua razão. Todas aquelas sandices definidas pelo Chapeleiro por uma lógica torta já tinha ultrapassado os limites da sua paciência.
Alice não enxergava aquela felicidade. Toda aquela manifestação de alegria infundada era uma espécie de contraversão do que lhe ensinaram como real fugia do aceito. Esse paradoxo impedia que a menina vivenciasse verdadeiramente os momentos.
O Chapeleiro olhou Alice partindo de forma mais incompreensiva do que tristonha. Ele não entendia como Alice podia abrir mão daquilo tudo em função da razão de sua terra.
Para o Chapeleiro aquilo que Alice chamava de razão eram, na verdade, grilhões que a impediam de ser feliz, de sorrir e de tomar chá por dias e dias.
Devido a confusão causada pela situação repentina, o Chapeleiro não via meios, nem porquês para impedir a partida de Alice. Preferiu não se manifestar e deixá-la agir conforme sua vontade.
Por outro lado a menina, também deveras confusa, procura um apoio sobre o que fazer. Enrolar mechas de seu cabelo loiro entre os dedos e olhar para os dois lados de seu caminho não estava ajudando.
Alice olhou a sua esquerda e viu a enorme mesa de chá e na sua cabeceira o Chapeleiro com um olhar de peixe morto nada convencional na sua face. A sua direita a escada que a levava a portinha que tanto ela batalhou para passar. Alice percebeu que tinha que fazer uma escolha. Olhou para cima e viu o céu quase sem nuvens. Para baixo e viu os pés na distancia exata que lembrava que eles estavam. Sentou no segundo degrau da escada de acesso a porta de saída do País das Maravilhas, pois as duas mãos no rosto e deu-se as lagrimas...
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