sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Das fugas dos Sátiros e Ninfas

Ao chegar cedo pela manhã no escritório, como em todos os dias, sua caixa de e-mail estava cheia. A maioria de mensagens inúteis apagadas levianamente. Parou em algumas para checar e depois de três inúteis seguidas seu coração gelou com o nome do remetente da mensagem que surgia. Sim, não havia duvidas, era dela. Por mais que se tratasse de seu e-mail de trabalho o assunto na mensagem dela demonstrava que seu conteúdo era bem pessoal. Não leu e exclui. Não definitivamente. Sabia que a mensagem ainda passaria uns dias na lixeira.
Ainda pela manhã, apos uma pausa para o café, ao retornar a sua mesa seu celular piscava uma chamada não atendida. O que era bem normal para um homem tão ocupado. Não deu muita atenção até o olhar no aparelho e ver o numero sem um nome associado, mas que ele reconhecia que era o dela.
Sabia que não se tratava se uma noticia ruim. Se fosse já estaria sabendo. As noticias ruins são as primeiras que chegam. Então bateu a duvida do que seria. Depois de tanto tempo e desencontros o que será que ela queria? Preferiu não pensar nisso e com grande esforço e dedicação ao trabalho conseguiu.
No fim da tarde toca o telefone em sua mesa. A secretaria de voz gasguita fala do outro lado e anuncia que a Sr.ª XXXX XXXXXXXX pede para falar com ele. Novamente o coração gela e ele pede para dizer que não está, já saiu e que ligue outra hora. A secretaria em tom de desconcerto diz que ela não esta numa ligação, mas de pé na ante-sala do escritório dele. Desligou o telefone e respirou fundo. Teria que vê-la.

Nenhum comentário: