sábado, 27 de agosto de 2011

A Anaïs Nin

Conheci Anaïs por acaso, me interessei um dia quando a vi de relance, assim meio perdido no mundo, procurando outras coisas, outras pessoas. Então a vi de novo, e de novo e vi que ela estava em vários lugares que eu sempre ia.


Meio tímido me aproximei e mal a conheci quis devora-la em minutos. Tomou meus dias, meus pensamentos. Vagueei pensamentos em ónibus, banheiros, filas. Queria saber mais, sempre mais, te-la sempre perto.

Seu pensamento me fascinava, sua historia me comovia. Anaïs se tornava a cada dia mais presente em mim. No que eu falava,pensava e escrevia agora tinha sempre algo que me fazia pensar: Anaïs também faria assim.

Com tempo fui descobrindo mais coisas em comum. Descobri que Caio também a admirava, citava e se inspirava. E outros e mais outros. Anaïs era tudo aquilo que eu pensava, porque era tudo aquilo para outras pessoas também.

Então descobri mais sobre Anaïs, me tornei intimo. Agora sabia seus gostos. Conheci seu sexo, seus desejos. Anaïs a cada dia se tornava mais de carne e osso para mim. De uma ideia Anaïs se fez uma verdade, uma presença.

Hoje Anaïs me reflete. Se estou calmo, estou calmo como Anaïs, se penso ou se falo comparo com as ideias dela. Quero amar com sua intensidade. Escrever com sua sinceridade e emoção. Anaïs é um desejo, uma meta, um modelo. Anaïs paz e paixão. Anaïs é o amor na sua forma mais livre e pura.